segunda-feira, 2 de abril de 2012

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Ainda se 'mora na filosofia', Caetano.

- It's Valentine's Day, mas quem se importa? Continuam a rimar amoredor.

"vamos conjugar
o verbo fundamental essencial,
o verbo transcendente, acima das gramáticas
e do medo e da moeda e da política,
o verbo sempreamar,
o verbo pluriamar,
razão de ser e de viver."

Além da terra, além do céu ,

Carlos Drummond de Andrade.

Obs.: E o humor sempre sempre gente fina, ainda cai bem. ;)

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Até que caio e se separem

ou A (fa)tal 'Fórmula Um'

Ultrapassa. Corre
e alcança. Aproximam-se.
Quando bem perto
bate bate bate e
não se rendem.
É jogo, é 'game
over', é 'you win".
É corrida de
carros. É pista sem
fim, é círculo
vicioso:

viciados
perderemos

perderemos
viciados.

Amém.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Casa de Câmbio

O Espaço (se)
suspendeu.

E agora giro giro...
em cyber-opaco.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Vai, cai.

Esse cansaço.
Velho, desgastado,
desgostoso.

Já virou um gozo.



quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Malha, Maia.

O balde.
O balde e um frio.
O balde, um frio
e a água.

(gelada)

    *

o ar e seu
raro efeito
asfixiam.

    *

Em terra.

    *

Esse tempo
seco. Esses
homens secos.
Um maltrato
ao serrado.
Um maltrato
cerrado.

(queimado)

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

um haikai, uma madrugada... quem é que manda?

"     choveu
                     na carta que você mandou

                     quem mandou?"

Paulo Leminski

sábado, 7 de janeiro de 2012

[sóNós]

É mês de janeiro
e o recomeço, cadê?

Há tanta distância,
há os buracos na
estrada. Há a
chuva. Ah, como
há! A danada
dificuldade de
se aproximar-em.

Chega!

Chega dessa [ ].
Chega mais perto:

Há a preposição,
ou está por vir?
Prepor, sobrepor,
interpor e até
mesmo propor. Ou
quem sabe o
primitivo poer?

Basta!

Basta um
pouquinho.
Basta eu e
você bastarem.

Ah, conjunção! Sempre,
sempre adversativa.
Nunca, nunca aditiva,
tão pouco alternativa.
Assim fica difícil coordenar,
conjugar, coabitar...
comemorar.

É mês de janeiro e
as chuvas de verão
trouxeram a
saudade da intimidade
compartilhada. De reunir
dois umbigos num
abrigo por ora vazio.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Dois Mil e Dois + 10


"deixe-nos aguardar o que vier."

Rainer Maria Rilke


Obs.: Quão bom é ter um lugar pra chamar de Meu!.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Ver!ssimo

O ano não se acabou, mas muitas coisas se foram.
Há um vir e devir constante.
Há também a necessidade.
Há um ano Ver!ssimo,
marcado por sua brevidade.
Obrigado.




"A limitação da fruição aumenta a sua preciosidade." 

A Transitoriedade (1916), Sigmund Freud
 
Obs.: 2011 marcou meu! coração.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Ninguentantarigidez

Pedra bruta,
do chão machuca.

Arrisque pisar
descalço. Pé
cascudo que
seja, não pisa
tranquilo, sem
uma peleja.

Pedra Polida?
Pedra lascada,
isso sim! Carrega
consigo memória
primitiva.

Ah, Pedra...
Tu ensaias
outros acordos
com tecido
sensível dos
homens...

Oh, Pedra,
tu feres! Tu
feres.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O tempo e sempre


"Tudo tem o seu tempo determinado, e há
tempo para todo propósito debaixo do céu;
há tempo de nascer e tempo de morrer, tempo 
de plantar e tempo de arrancar o que se plantou;
tempo de matar e tempo de curar; tempo de
derribar e tempo de edificar;
tempo de chorar e tempo de rir; tempo de 
prantear e tempo de saltar de alegria;
tempo de espalhar pedras e tempo de 
ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de
afastar-se de abraçar; 
tempo de buscar e tempo de perder; tempo
de guardar e tempo de deitar fora;
tempo de rasar e tempo de coser; tempo de
estar calado e tempo de falar;
tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo
de guerra e tempo de paz."

Eclesiastes 3. 1-8

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Áh

ou O mesmo e o cansaço

o tato insiste.
a pele, o odor
e essa danada
fixação. 

Acarneagrega.
A carnesfrega.
A carne nega.

     
        pegar,    largar, 
          encostar, soltar, apertar     
     tocar, arredar, afrouxar
      aproximar, afastar,
    sentir

Sente. Sente
e se apega, e se
pega pensando.
Sente. Sente
e não pega, e se
apega pensando. 


O tato insiste.
a pele, o amor
e essa danada
repetição. 

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Ainda – do verbo existir

A vida está pobre e o discurso se tornou enfadonho. De tanto preferir o silêncio, gritou. Mas gritou mesmo, de horror! É a ausência implacável.
*

É tudo e correria. Para onde corres? Não os sigam!

*

Experimente brincar de aparecer e desaparecer. Faça-o pelo apelo do peito, palpitando exigente desejo; caso contrár
                                                                                                                      
                                                                                                                                   
                                                                                                                     , io

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Da (minha) ausência e falta de atenção...

" Atirei um limão n'água,  
antes não tivesse feito.  
Os peixinhos me acusaram  
de amar com falta de jeito."

Lira do Amor Romântico Ou a eterna repetição,

Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Dorme, meu filho

O dia lá fora está lindo, mas aqui dentro tudo continua triste. Tem feito dias difíceis.
E eu insisto em não dormir...
- Até quando?


Consolo na praia

Carlos Drummond de Andrade

Vamos, não chores...
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.

O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.

Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis casa, navio, terra.
Mas tens um cão.

Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o humour?

A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.

Tudo somado, devias
precipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Dia D(rummond)

Esta não é uma homenagem, 
tão pouco uma comemoração. 
É apenas um recado,
anunciando o aniversário 
de Carlos Drummond.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

ou A quase poesia do ser

É preciso ser e sentir
a sensível ação do eu.

É só se ouvir, perceber
no vazio o inaudível espaço
do existir. Abafado.

Ser onde não se
escreve, quando não
se inscreve.

Ser o ausente
em si e por si
sem medo.

só sendo.
  
"O essencial é invisível aos olhos."
  O Pequeno Príncipe,
Antoine de Saint-Exupéry

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Bagagem da Infância

Da minha infância, carrego comigo a criatividade, matéria-prima para continuar produzindo arte.

Um Feliz Dia das Crianças!

"Quando eu era menino, os mais velhos perguntavam:
O que você quer ser quando crescer?
Hoje não perguntam mais. Se perguntassem,
eu diria que quero ser menino."

Fernando Sabino

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Asfaltar

        ou A Ausência – emprestada do Outro

É nesse  hi to
Nesse estreito
espaço que 
me ncaixo.

"A ausência é um estar em mim."
Ausência, de Carlos Drummond de Andrade

domingo, 18 de setembro de 2011

"É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos."
                                   O Pequeno Príncipe